segunda-feira, 25 de março de 2019

Cristo, meu lucro






“porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro.” Filipenses 1:21

Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Filipenses 3:7


Vivemos em uma sociedade extremamente capitalista. Acordamos, vivenciamos o dia, dormimos com a expectativa de produzir algo, de dar lucro, de ter em abundância, de encher os celeiros. Sonhamos, batalhamos, pensamos em conquistar nossa casa própria, nossos bens, o carro do ano, aquele imóvel no campo, ou uma bela cobertura na praia, mas esquecemos de almejar a única e maior riqueza que podemos ter acesso: A vida eterna.

Paulo entendia que seu viver precisava ser Cristo. Todos os dias Cristo. Acordava, vivia seu dia, dormia com a esperança, o desejo de encontrar com seu salvador, e não só isso, trabalhava, empregava sua força em fazer Jesus conhecido, para que todos tivessem acesso ao maior bem de Deus, seu próprio filho. Ele não considerava suas pretensões maiores que o viver Cristo, pois ele tinha a convicção de que a vida eterna seria seu maior lucro. O seu ganho futuro seria maior que qualquer coisa que ele pudesse conquistar nessa terra. E olha, estamos falando de um homem que foi ensinado para ser um doutor da lei, um homem importante para seu tempo, passou pela maior escola e teve Gamaliel como seu professor. Paulo, ele sim podia afirmar o valor dessa herança eterna.

O próprio apóstolo Paulo, nessa mesma carta de Filipenses no capítulo 3, versículo 14 vai dizer que seu alvo levava a um prêmio, e este era o que de maior e mais valoroso ele poderia alcançar. 

Fico impactado quando vejo a igreja de Atos, repartindo tudo entre si, tendo tudo em comum (AT 2:42-44), mas há um episódio que me chama muita atenção e que eu gostaria de compartilhar e ele se encontra em Atos 4:36-37 e Atos 5:1-11 e trazem duas realidades distintas. A palavra fala que Barnabé vendeu um campo, pegou tudo que ganhou desse campo (seu lucro) e depositou nos pés dos apóstolos para que eles repartissem com todos. Barnabé que lá na frente se torna o parceiro da primeira viagem missionária de Paulo, ganhou esse nome dos discípulos por ser encorajador. Ele não tinha pretensões com suas finanças, ele entendia que Jesus era maior que suas riquezas e que ele poderia usar suas finanças para edificar, encorajar e ajudar os irmãos. Barnabé deu tudo, não considerou isso lucro, mas entendeu que a vida eterna valia mais que qualquer bem material, e empregou todos seus esforços para ajudar os irmãos em Cristo.

Em contraponto, a história diz que um casal (Ananias e Safira) também vendeu sua propriedade. Eles retiveram uma parte do lucro para eles, e depositaram o restante aos pés dos apóstolos. Essa história me chama muito a atenção, pois em nenhum momento se vê um apelo para vender tudo, mas aqueles que assim o fazia, faziam de coração, porém Ananias e Safira mentiram ao Espirito Santo dizendo que tudo estava lá, que tinham vendido a propriedade por aquele preço e logo eles foram mortos por essa mentira. A questão toda não está no pegar uma parte para eles, mas por mentir ao Espirito, está em colocar a riqueza acima de Deus, afinal, onde está o seu tesouro ali está teu coração (Mt 6:21).

Esse texto não é um apelo a uma vida de abnegação, de abrir mão de todos seus bens e etc., a questão principal é: Cristo e a vida eterna que lhe é proposta, é o motivo da sua vida, o seu lucro? Assim como você emprega todo seu tempo, suas forças para alcançar coisas para sua vida material, você emprega para fazer Cristo conhecido e para vive-lo nessa terra?

Que você ajunte tesouros para a vida eterna, que seu coração esteja voltado para fazer a vontade de Deus em tudo, que todas as suas forças, finanças, pensamento esteja alinhado com Deus e que assim o nome Dele seja exaltado em sua vida.

Que Deus te abençoe!

Francis Müller F. Romim

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