"Disse ele então: Pequei; honra-me, porém, agora
diante dos anciãos do meu povo, e diante de Israel; e volta comigo, para que
adore ao Senhor teu Deus. Então, voltando Samuel, seguiu a Saul; e Saul adorou
ao Senhor." 1 Samuel 15:30,31
O
texto acima trouxe uma nítida reflexão sobre nossa santidade. Será que nos
preocupamos tanto assim em agradar a Deus, em reconhecer nossos erros e tomar
ações para corrigi-los ou preferimos nos esconder atrás de máscaras e mostrar a
superficialidade de uma fé fraca e egoísta.
Saul
tinha acabado de cometer um grave erro, Deus tinha mandado aniquilar os Amalequitas,
não poupar a ninguém nem tomar despojos daquele lugar. Era para acabar com
tudo. Porém, Saul e o povo tomaram o melhor dos rebanhos e trouxeram vivos a
Israel, além do rei Agague. Cometeu ali uma grande desobediência e Deus toma a
Samuel para decretar um juízo de fim do reinado de Saul, porém no desenrolar de
toda conversa nesse capítulo vemos uma superficialidade de confissões de
pecado, vemos um homem terceirizando suas ações, colocando a culpa no povo que
estava sobre suas ordens, tentando esconder sua própria cobiça, seu desejo
consumista, sua avareza.
O
ápice dessa história mostra o coração de Saul, ele já não importava em ser
destituído do reino por Deus, ele se preocupava era em ser reconhecido pelos
homens, não importava o que Deus pensava, mas sim o que os anciãos achariam se
ele chegasse no local do sacrifício sem o profeta ao seu lado. O coração de
Saul não estava em agradar a Deus, mas em ser reconhecido como um grande líder.
Em
Mateus 6:21 Jesus declara: “Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o
seu coração. ” Nitidamente o coração de Saul estava em ter uma vida de
superficialidade com Deus, afim de agradar aos homens. E a pergunta que faço para
você hoje é: Onde está o seu coração?
Precisamos
ter uma vida de santidade que nos importe mais obedecer a Deus e viver os propósitos,
as ordenanças e as responsabilidades do evangelho do que em agradar aos homens.
Nossa fé nos pede isso. O contraste dessa história é a postura de Davi o sucessor
de Saul. Davi era um homem segundo o coração de Deus, que errava, falhava, mas
tinha um coração quebrantado a reconhecer seus erros, pedir perdão, se humilhar
e buscar viver na casa do Senhor todos os dias da sua vida, não por mera
superficialidade, mas por entender que a presença do Senhor era a melhor coisa
da sua vida. Ele não se importava sobre o que as pessoas iam achar das suas
posturas, ele buscava era a presença de Deus, e assim cantava, dançava, tomava
suas decisões, caminhava segundo esse propósito: Viver a vontade de Deus acima
de qualquer achismo humano.
Estamos
vivendo dias difíceis, ser cristão nessa época é ser careta, antiquado,
preconceituoso e tantos adjetivos colocados pela sociedade. Expressar a fé
cristã é se submeter a julgamentos humanos, a condenações humanas e em alguns
lugares do mundo a morte, torturas, dores. Mas o que é melhor: Obedecer a Deus
ou aos homens? Pedro e João nos deram essa resposta em Atos 4:20: “Pois não
podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos".
Sabe,
um evangelho que não produz mudança, inconformidade, questionamentos,
confronto, não é o evangelho de Cristo. Se você quer ter uma vida de aparência,
te digo: Cuidado! No grande dia você não vai prestar contas com os homens, mas
com o Senhor. Escolha agradar a Deus e retirar as máscaras de um falso
evangelho, do que viver uma vida que não condiz com a realidade.
Escolha
seu lado hoje: Uma fé superficial tendo uma vida de “santidade” para os homens,
ou uma fé genuína de arrependimentos sinceros, de transformação, de amar a Deus
acima de todas as coisas.
Que
Deus te abençoe nesse dia!
*Francis Müller F. Romim*
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