segunda-feira, 1 de abril de 2019

Esboço - Ansiedade pelo céu - Francis Müller




Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3:13,14


Paulo tinha um alvo. Um foco. Ele sabia que precisava buscar as coisas do alto (Cl 3:1-4), tinha seu olhar ajustado para o céu. Movia-se em função do céu, e em função do seu desejo de estar com o Pai e de levar muitos a esse mesmo desejo.

Ele estava disposto a abrir mão de tudo, estava disposto a esmurrar sua carne para que todos chegassem ao pleno conhecimento de Cristo e de fazer com que os filhos encontrassem o verdadeiro lar de seu Pai. Ele empenhava todas as suas forças nas coisas que era do alto.

Há uma coisa que me chama muito atenção quando eu leio Atos, as epístolas e o livro de Apocalipse, e é nela que eu quero refletir hoje: A ansiedade pelo céu.


A ansiedade pelo céu produz: Senso de evangelismo


Quando você vai analisar os textos, você percebe que os crentes dos primeiros séculos acreditavam que Jesus voltaria a qualquer momento e se entregavam com diligência para anunciar sua volta, para ensinar, exortar, auxiliar e levar todos ao pleno conhecimento de Cristo. Eles colocavam alvos para si, viajando a lugares inimagináveis, a fim de fazer Cristo conhecido ao máximo de pessoas possíveis.

Paulo mesmo alertado de que sofreria perseguições e seria preso, mesmo passando diversas provações e necessidades, não deixou de anunciar. Pedro e João, mesmo presos disseram o que para mim é uma das frases mais impactantes do novo testamento a qual eu reproduzo com fidelidade:

Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido. ” Atos 4:20

Assim muitos cristãos, alguns desconhecidos, outros conhecidos, foram entregueis para morrer em arenas, foram queimados, sofreram injúrias, prisões e etc., mas não deixaram de anunciar a volta de Jesus. Como está escrito em Hebreus 11:35-38ª: Houve mulheres que, pela ressurreição, tiveram de volta os seus mortos. Alguns foram torturados e recusaram ser libertados, para poderem alcançar uma ressurreição superior. Outros enfrentaram zombaria e açoites, outros ainda foram acorrentados e colocados na prisão, apedrejados, serrados ao meio, postos à prova, mortos ao fio da espada. Andaram errantes, vestidos de pele de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos e maltratados. O mundo não era digno deles.


A ansiedade pelo céu produz: Busca por Santidade


Outra questão forte é que esses homens buscavam a santidade com toda as suas forças. Pedro, Paulo, João, todos pregavam a busca por santidade como alvo para suas vidas. Eles sabiam que sem santidade ninguém veria a Deus (Hb 12:14) então alertavam com diligência para que todos se esforçassem para buscar uma vida reta e em santidade diante de Deus e dos homens.

O apóstolo Pedro alerta para que todos sejam encontrados santos, como está escrito em 1 Pedro 1: 15-17: Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou santo". Uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês.

Estes homens buscavam com todas as suas forças serem exemplos no seu proceder diário, buscavam a santidade com todas as suas forças e de todo coração e sempre que possível exortavam uns aos outros para que todos fossem santos e incorruptíveis em tudo. Homens e mulheres que anseiam pelo céu, buscam viver a cultura do céu (onde o trono daquele que é Santo está) aqui na terra., revelando a santidade daquele que os chamou.


A ansiedade pelo céu produz: Um desejo pelo derramar do Espírito Santo


Esses homens haviam experimentado um derramar do Espírito sobre as suas vidas e queriam mais. Queriam uma vida naturalmente sobrenatural. Buscavam os melhores dons com zelo (I Co 12:31), e queriam ser cheios dia após dia pelo Espírito Santo.

Estes homens buscavam a capacitação do alto, oravam uns com os outros, impunham as mãos para que outros recebessem o Espírito Santo. Compartilhavam em todo tempo as experiências e a sua vida diária com o Espírito, edificando assim uns aos outros.

Eles não se contentavam só com um romper do Espírito, mas queriam uma vida diária sendo usados por Deus e cheios do Espírito. Aplicavam-se em ensinar as doutrinas espirituais, mas não só a isso, queriam e buscavam ter uma vida movida pelo Espírito Santo.

A pergunta de hoje para você é: O anseio pelo céu tem movido sua vida e seu coração?


Francis Müller F. Romim

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