Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha
alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e
avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o
prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3:13,14
Paulo tinha um alvo. Um foco.
Ele sabia que precisava buscar as coisas do alto (Cl 3:1-4), tinha seu olhar
ajustado para o céu. Movia-se em função do céu, e em função do seu desejo de
estar com o Pai e de levar muitos a esse mesmo desejo.
Ele estava disposto a abrir
mão de tudo, estava disposto a esmurrar sua carne para que todos chegassem ao
pleno conhecimento de Cristo e de fazer com que os filhos encontrassem o
verdadeiro lar de seu Pai. Ele empenhava todas as suas forças nas coisas que
era do alto.
Há uma coisa que me chama
muito atenção quando eu leio Atos, as epístolas e o livro de Apocalipse, e é
nela que eu quero refletir hoje: A
ansiedade pelo céu.
A ansiedade pelo céu produz: Senso de evangelismo
Quando você vai analisar os
textos, você percebe que os crentes dos primeiros séculos acreditavam que Jesus
voltaria a qualquer momento e se entregavam com diligência para anunciar sua
volta, para ensinar, exortar, auxiliar e levar todos ao pleno conhecimento de
Cristo. Eles colocavam alvos para si, viajando a lugares inimagináveis, a fim
de fazer Cristo conhecido ao máximo de pessoas possíveis.
Paulo
mesmo alertado de que sofreria perseguições e seria preso, mesmo passando
diversas provações e necessidades, não deixou de anunciar. Pedro e João, mesmo
presos disseram o que para mim é uma das frases mais impactantes do novo
testamento a qual eu reproduzo com fidelidade:
“Porque não podemos deixar de falar do que temos
visto e ouvido. ” Atos 4:20
Assim muitos cristãos, alguns
desconhecidos, outros conhecidos, foram entregueis para morrer em arenas, foram
queimados, sofreram injúrias, prisões e etc., mas não deixaram de anunciar a
volta de Jesus. Como está escrito em Hebreus 11:35-38ª: Houve mulheres
que, pela ressurreição, tiveram de volta os seus mortos. Alguns foram
torturados e recusaram ser libertados, para poderem alcançar uma ressurreição
superior. Outros enfrentaram zombaria e açoites, outros ainda foram
acorrentados e colocados na prisão, apedrejados, serrados ao meio, postos à
prova, mortos ao fio da espada. Andaram errantes, vestidos de pele de ovelhas e
de cabras, necessitados, afligidos e maltratados. O mundo não era digno deles.
A ansiedade pelo céu produz: Busca por Santidade
Outra questão forte é que
esses homens buscavam a santidade com toda as suas forças. Pedro, Paulo, João,
todos pregavam a busca por santidade como alvo para suas vidas. Eles sabiam que
sem santidade ninguém veria a Deus (Hb 12:14) então alertavam com diligência
para que todos se esforçassem para buscar uma vida reta e em santidade diante
de Deus e dos homens.
O
apóstolo Pedro alerta para que todos sejam encontrados santos, como está
escrito em 1 Pedro 1: 15-17: Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam
santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: "Sejam
santos, porque eu sou santo". Uma vez que vocês chamam Pai aquele que
julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada
terrena de vocês.
Estes
homens buscavam com todas as suas forças serem exemplos no seu proceder diário,
buscavam a santidade com todas as suas forças e de todo coração e sempre que possível
exortavam uns aos outros para que todos fossem santos e incorruptíveis em tudo.
Homens e mulheres que anseiam pelo céu, buscam viver a cultura do céu (onde o
trono daquele que é Santo está) aqui na terra., revelando a santidade daquele
que os chamou.
A ansiedade pelo céu produz: Um desejo pelo derramar do Espírito Santo
Esses homens haviam
experimentado um derramar do Espírito sobre as suas vidas e queriam mais.
Queriam uma vida naturalmente sobrenatural. Buscavam os melhores dons com zelo
(I Co 12:31), e queriam ser cheios dia após dia pelo Espírito Santo.
Estes homens buscavam a
capacitação do alto, oravam uns com os outros, impunham as mãos para que outros
recebessem o Espírito Santo. Compartilhavam em todo tempo as experiências e a
sua vida diária com o Espírito, edificando assim uns aos outros.
Eles não se contentavam só com
um romper do Espírito, mas queriam uma vida diária sendo usados por Deus e
cheios do Espírito. Aplicavam-se em ensinar as doutrinas espirituais, mas não
só a isso, queriam e buscavam ter uma vida movida pelo Espírito Santo.
A pergunta de hoje para você
é: O anseio pelo céu tem movido sua vida
e seu coração?
Francis
Müller F. Romim
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