quarta-feira, 5 de outubro de 2016
A relação entre Intimidade com Deus e a Santidade - Ketlyn Viana
Há uma linha tênue entre ter um encontro e ter o encontro.
Toda e qualquer intimidade, seja com alguma coisa ou com alguém, é gerada através de encontros. Com Deus não poderia ser diferente.
Nós somos alcançados por Deus e pelo poder da sua glória, a qual nos encanta e nos atrai para o altar, para cruz, para a profundidade e peso e importância de seu sacrifício. Este é o primeiro encontro. Chegamos completamente destruídos e arruinados, intoxicados pelo mundo e seu veneno. Aproximamos-nos da cruz com um vazio incompreensível, com feridas visíveis e invisíveis, com gritos guardados na alma e, fascinados pela glória de Deus e por seu amor, nos derramamos aos pés da cruz. A finalidade do primeiro encontro está completa: estamos encantados, apaixonados, fascinados e atraídos pela glória de Deus, ou melhor, pelo Deus que tem toda glória.
E é exatamente por isso que, na necessidade de provarmos ainda mais da sensação maravilhosa que a pessoa do Espírito Santo nos traz, nós corremos de encontro a Deus novamente. Jogamo-nos em Seus braços. Choramos e somos consolados, renovados. E para nós, já acostumados com a felicidade autodestrutiva que o mundo oferece, o aconchego dos braços do Pai é mais do que o suficiente. Passa segurança, passa conforto, passa amor. Mas aí é que está: a finalidade da glória não é encantar. E ouvimos em nosso coração uma verdade que nos esforçamos todos os dias para relembrar: “Porque os meus pensamentos não são como os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor” (Isaías 55:8). E Deus diz que há mais. Deus diz que sua glória e sua essência oferecem muito mais do que queremos.
Então, ainda confusos sobre como Deus consegue ir além de todas as nossas expectativas emocionais, físicas e espirituais, entendemos, finalmente, o que Deus quer dizer: Ele nos ama tanto que nos aceita exatamente como somos, mas que esse mesmo amor não suporta nos ver como estamos – machucados, feridos, angustiados e vazios. E Deus manda sua glória novamente, mas dessa vez, não para nos encantar, mas para que ela cumpra seu destino final: TRANSFORMAR.
E agora, de encontro em encontro, DE GLÓRIA EM GLÓRIA somos transformados, porque é exatamente isso que se encontrar com Deus causa em nós: MUDANÇA.
Mas como não se deixar ser atraído pelos prazeres instantâneos do Reino das Trevas? Com o tempo passamos a descobrir que a transformação gerada em nós através do Espírito de Deus é maravilhosa, mas também dolorosa e cansativa, e que nem tudo vem na hora que queremos (na verdade, praticamente nada), mas que somos colocados diante de um enorme monstro e dádiva chamada paciência, que na maioria das vezes a falta nos leva ao desespero e desesperança. E é aí que a santidade entra.
Quanto mais tempo permanecemos com Deus – através de sua palavra, jejuns, oração e também em comunhão com nossos irmãos, pois a eficácia do sangue de Cristo se mostra na maneira como nos relacionamos –, intimidade é criada. Mas essa intimidade cria em nós um amor tão profundo por Deus que sentimos a necessidade de nunca mais entristecê-lo com nossos pecados, com nossas atrações pelos prazeres instantâneos do mundo. E então Deus nos concede a SANTIDADE. Um caminho, uma ferramenta, um auxílio, cujo qual protege nosso coração e nos mantém cativos àquele que é Santo.
A santidade então passa a fazer parte da nossa vida. Ela mantém nossa mente focada no caminho estreito que leva diretamente aos céus e nos guia para longe do pecado, o qual nos cega e nos impede de sermos sensíveis à voz do Espírito e ao seu toque, pois o pecado contamina todos os nossos sentidos, deixando-os paralisados, inúteis. A santidade nos permite permanecer dentro das águas que fluem do trono de Deus, que todo tempo nos purificam e nos refrigeram, mantendo-nos distantes daquilo que deseja roubar nosso coração de Deus.
A intimidade é gerada por encontros. A santidade vem como consequência desses encontros; porém, ela também nos prepara e nos capacita para O ENCONTRO, o verdadeiro, palpável e mais esperado dos encontros: a volta de Jesus. E eu termino essa interpretação citando Hebreus 12:14, que diz “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.
Que Deus te abençoe!
Texto de: Ketlyn Viana
Revisado por: Lorena S. Mariano
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