segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Você está cheio do Espirito Santo? - Hernandes Dias Lopes


“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef. 5.18).

O texto em apreço apresenta dois imperativos: um negativo, outro positivo. O negativo proíbe o cristão de se embriagar com vinho; o positivo ordena-o a ser cheio do Espírito. A embriaguez produz dissolução; a plenitude do Espírito desemboca em virtudes cristãs. Tanto a embriaguez como a falta de plenitude do Espírito estão em desacordo com a vontade expressa de Deus.
Vamos, agora, considerar essas duas ordens:
Em primeiro lugar, não vos embriagueis com vinho (Ef. 5.18a). A embriaguez é render-se ao domínio do álcool. É ser dominado pelo poder etílico. É perder o autocontrole. É entregar-se à dissolução. O efeito da embriaguez é a vergonha e o opróbrio. Seus resultados são a destruição da honra e a promoção da pobreza. A embriaguez tem sido a causa das maiores tragédias sociais. É responsável por mais de cinquenta por cento dos acidentes e dos assassinatos. Muitos casamentos têm sido destruídos por causa do alcoolismo. Muitas famílias têm sido arruinadas por esse vício maldito. A embriaguez semeia lágrimas, dor e morte. Aqueles que se entregam à embriaguez perdem seu nome, sua família e sua alma. Os bêbados não herdarão o reino de Deus.
Em segundo lugar, enchei-vos do Espírito (Ef. 5.18b). Depois de dar a ordem negativa, o apóstolo Paulo mostra o imperativo positivo. Não basta deixar de fazer o que é errado; é preciso fazer o que é certo. Não basta deixar de ser dominado pelo vinho; é preciso ser governado pelo Espírito. A ordem divina encerra algumas lições:
Ser cheio do Espírito é um mandamento. Isso significa que um cristão sem a plenitude do Espírito está pecando contra Deus tanto quanto um cristão que se embriaga. Ser cheio do Espírito não é uma opção; é uma ordenança. Não ser cheio do Espírito não  é apenas um pequeno descuido. É um pecado de desobediência frontal à uma ordem expressa de Deus.
Ser cheio do Espírito é uma experiência contínua. O verbo “enchei-vos” está no presente contínuo na língua grega, o que significa que a plenitude do Espírito deve ser uma experiência permanente. A plenitude de ontem não serve para hoje. Todo dia é tempo de ser cheio do Espírito. Essa é uma experiência contínua e progressiva. As vitórias de ontem não são suficientes para hoje. Hoje é tempo de andar com Deus e ser cheio do Espírito Santo.
Ser cheio do Espírito é uma ordenança para todos os cristãos. A ordem está no plural. Líderes e liderados, grandes e pequenos, velhos e jovens, ricos e pobres, doutores e analfabetos precisam ser cheios do Espírito Santo. Nenhum cristão está dispensado dessa experiência. Essa é a vontade expressa de Deus para todo o seu povo, em todo lugar, em todo tempo.
Ser cheio do Espírito é obra de Deus e não desempenho humano. O verbo “enchei-vos” está na voz passiva. Isso significa que nós não produzimos a plenitude do Espírito; recebemo-la. Não é fruto do esforço humano; é resultado da graça divina. Na medida que nos despojamos de nossas paixões e desejos e nos rendemos ao senhorio de Cristo, somos cheios do Espírito. Enquanto temos vasilhas vazias, o azeite não para de jorrar.
Ser cheio do Espírito produz resultados benditos. Em Efésios 5.19-21, Paulo cita quatro resultados da plenitude do Espírito: comunhão, adoração, gratidão e submissão. A plenitude do Espírito corrige nosso relacionamento com Deus, com o próximo e com nós mesmos. Eis a questão: Você está cheio do Espírito Santo? Há evidências dessa plenitude em suas palavras, ações e relacionamentos? A ordem é oportuna: “Não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”.

Texto de: Rev. Hernandes Dias Lopes

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Os filhos não deixarão o fogo apagar


O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará. Levítico 6:13


Estava pensando um pouco nesse texto, e olhando por uma ótica diferente. O desejo de Deus é que o fogo arda continuamente, dia após dia, que não se apague o fogo do nosso altar, mas qual o nosso desejo de ter esse altar queimando? 

Nós somos a peça fundamental para manter o fogo aceso. O fogo só continuará quando nós o alimentarmos. Mas existe uma forma interessante de pensar nessa passagem, da qual Deus tem ministrado em meu coração.

Queria parar para pensar com vocês em dois pontos: Qual a ótica de fogo aceso para um filho, e qual a ótica de fogo aceso para um servo?

A bíblia nos diz que somos filhos de Deus: Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. 1 João 3:1, portanto nossa identidade é firmada na nossa filiação. Somos filhos de Deus através da sua graça, manifesta de forma especial na Cruz.

O filho tem a necessidade de manter o fogo aceso, pois ele é participante dos benefícios do fogo. O filho é interessado em manter a chama queimando, pois ele encontra-se perto, ele desfruta do calor do fogo, da iluminação que este mesmo traz e etc.

O servo não desfruta do benefício, ele mantém acesso pelo simples fato de obedecer a uma ordem do seu Senhor. Quando só fazemos algo em obediência, chega um momento que isso vai nos cansando, desanimando, e o pior, vai se perdendo a vontade e o desejo de cumprir essa tarefa. 

O altar é nossa vida. Quando entendemos que somos filhos de Deus, queremos manter o fogo aceso, pois ele é o próprio agir de Deus em nós, a manifestação viva do Espírito Santo, e não fazemos isso por obrigação, mas pelo desejo de estar com o nosso Pai. 

Desejamos ter nossa vida queimando, pois o Consolador, aquele que foi enviado por Deus para estar conosco é quem queima em nós. Por isso queremos ter o DNA do nosso Pai, aquele que tem os olhos como de fogo, aquele que faz fogo cair do céu, é o mesmo que quer queimar continuamente em nós.
Somos feitos para queimar. Somos tochas vivas. Nosso altar precisa estar incendiado. Mas pra isso, precisamos adquirir a visão de filhos amados, aqueles que desfrutarão dos benefícios do fogo.

Que você seja um altar queimando diariamente na presença de Deus, eu profetizo sobre você um fogo incansável queimando todos os dias, você será um altar como o de Elias, onde até a água é lambida pelo fogo divino.

Então Elias disse a todo o povo: "Aproximem-se de mim". O povo aproximou-se, e Elias reparou o altar do Senhor, que estava em ruínas.
Depois apanhou doze pedras, uma para cada tribo dos descendentes de Jacó, a quem a palavra do Senhor tinha sido dirigida, e disse: "Seu nome será Israel".
Com as pedras construiu um altar em honra do nome do Senhor, e cavou ao redor do altar uma valeta com capacidade de duas medidas de semente.
Depois arrumou a lenha, cortou o novilho em pedaços e o pôs sobre a lenha. Então lhes disse: "Encham de água quatro jarras grandes e derramem-na sobre o holocausto e sobre a lenha".
“Façam-no novamente", disse, e eles o fizeram de novo. "Façam-no pela terceira vez", ordenou, e eles o fizeram pela terceira vez.
A água escorria do altar, chegando a encher a valeta.
À hora do sacrifício, o profeta Elias colocou-se à frente e orou: "Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje fique conhecido que tu és Deus em Israel e que sou o teu servo e que fiz todas estas coisas por ordem tua.
Responde-me, ó Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, ó Senhor, és Deus, e que fazes o coração deles voltar para ti".
Então o fogo do Senhor caiu e queimou completamente o holocausto, a lenha, as pedras e o chão, e também secou totalmente a água na valeta.
Quando o povo viu isso, todos caíram prostrados e gritaram: "O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! "
1 Reis 18:30-39
  
Que Deus te abençoe!


Texto de: Francis Müller F. Romim

Revisado por: Lorena S. Mariano

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A relação entre Intimidade com Deus e a Santidade - Ketlyn Viana



Há uma linha tênue entre ter um encontro e ter o encontro.

Toda e qualquer intimidade, seja com alguma coisa ou com alguém, é gerada através de encontros. Com Deus não poderia ser diferente.

Nós somos alcançados por Deus e pelo poder da sua glória, a qual nos encanta e nos atrai para o altar, para cruz, para a profundidade e peso e importância de seu sacrifício. Este é o primeiro encontro. Chegamos completamente destruídos e arruinados, intoxicados pelo mundo e seu veneno. Aproximamos-nos da cruz com um vazio incompreensível, com feridas visíveis e invisíveis, com gritos guardados na alma e, fascinados pela glória de Deus e por seu amor, nos derramamos aos pés da cruz. A finalidade do primeiro encontro está completa: estamos encantados, apaixonados, fascinados e atraídos pela glória de Deus, ou melhor, pelo Deus que tem toda glória. 

E é exatamente por isso que, na necessidade de provarmos ainda mais da sensação maravilhosa que a pessoa do Espírito Santo nos traz, nós corremos de encontro a Deus novamente. Jogamo-nos em Seus braços. Choramos e somos consolados, renovados. E para nós, já acostumados com a felicidade autodestrutiva que o mundo oferece, o aconchego dos braços do Pai é mais do que o suficiente. Passa segurança, passa conforto, passa amor. Mas aí é que está: a finalidade da glória não é encantar. E ouvimos em nosso coração uma verdade que nos esforçamos todos os dias para relembrar: “Porque os meus pensamentos não são como os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor” (Isaías 55:8). E Deus diz que há mais. Deus diz que sua glória e sua essência oferecem muito mais do que queremos. 

Então, ainda confusos sobre como Deus consegue ir além de todas as nossas expectativas emocionais, físicas e espirituais, entendemos, finalmente, o que Deus quer dizer: Ele nos ama tanto que nos aceita exatamente como somos, mas que esse mesmo amor não suporta nos ver como estamos – machucados, feridos, angustiados e vazios. E Deus manda sua glória novamente, mas dessa vez, não para nos encantar, mas para que ela cumpra seu destino final: TRANSFORMAR.

E agora, de encontro em encontro, DE GLÓRIA EM GLÓRIA somos transformados, porque é exatamente isso que se encontrar com Deus causa em nós: MUDANÇA.

Mas como não se deixar ser atraído pelos prazeres instantâneos do Reino das Trevas? Com o tempo passamos a descobrir que a transformação gerada em nós através do Espírito de Deus é maravilhosa, mas também dolorosa e cansativa, e que nem tudo vem na hora que queremos (na verdade, praticamente nada), mas que somos colocados diante de um enorme monstro e dádiva chamada paciência, que na    maioria das vezes a falta nos leva ao desespero e desesperança. E é aí que a santidade entra.

Quanto mais tempo permanecemos com Deus – através de sua palavra, jejuns, oração e também em comunhão com nossos irmãos, pois a eficácia do sangue de Cristo se mostra na maneira como nos relacionamos –, intimidade é criada. Mas essa intimidade cria em nós um amor tão profundo por Deus que sentimos a necessidade de nunca mais entristecê-lo com nossos pecados, com nossas atrações pelos prazeres instantâneos do mundo. E então Deus nos concede a SANTIDADE. Um caminho, uma ferramenta, um auxílio, cujo qual protege nosso coração e nos mantém cativos àquele que é Santo. 

A santidade então passa a fazer parte da nossa vida. Ela mantém nossa mente focada no caminho estreito que leva diretamente aos céus e nos guia para longe do pecado, o qual nos cega e nos impede de sermos sensíveis à voz do Espírito e ao seu toque, pois o pecado contamina todos os nossos sentidos, deixando-os paralisados, inúteis.  A santidade nos permite permanecer dentro das águas que fluem do trono de Deus, que todo tempo nos purificam e nos refrigeram, mantendo-nos distantes daquilo que deseja roubar nosso coração de Deus. 

A intimidade é gerada por encontros. A santidade vem como consequência desses encontros; porém, ela também nos prepara e nos capacita para O ENCONTRO, o verdadeiro, palpável e mais esperado dos encontros: a volta de Jesus. E eu termino essa interpretação citando Hebreus 12:14, que diz “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.

Que Deus te abençoe!

Texto de: Ketlyn Viana

Revisado por: Lorena S. Mariano

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A Cruz me inspira a prosseguir - Nayla Cintra



A cruz é uma das maiores expressões do amor de Deus, ela me inspira a prosseguir. Ela suscita esperança, pois todo labor e sacrifício de Cristo tem um propósito claro e definido, além disso, sei bem que, “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito…” Isaías 53.11

Olhe para dentro do seu coração, o que você vê? Você consegue perceber o quanto é amado e quanto o Senhor tem desejado te dar uma vida plena d’Ele. Sabemos que neste mundo teremos aflições, mas Ele nos diz: Eu venci o mundo. Ele nos diz: Tende bom ânimo!


“Eu vos preveni sobre esses acontecimentos para que em mim tenhais paz. Neste mundo sofrereis tribulações; mas tende fé e coragem! Eu venci o mundo. ” João 16.33 King James

Mas você pode se perguntar: e quando eu tiver medo, como faço para ter essa vida plena? Há tantas histórias Bíblicas que podem nos inspirar em caminhar com coragem. Hoje, quero te lembrar da história de Esdras.

Esdras era escriba, podemos dizer que ele era especializado na lei de Moisés. Ele foi enviado pelo rei Ataxerxes a voltar para Jerusalém juntamente com muitos de seus conterrâneos, para uma vez mais prestarem culto ao Senhor. Ele tinha um coração disposto a buscar o Senhor, a cumprir e ensinar os mandamentos e o que a Bíblia repete várias vezes é que “a boa mão do Senhor estava com ele”.

“Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.” Esdras 7.10

Esdras era consciente de sua grande aventura e dos perigos que cercavam a sua viagem. Ele sabia que o caminho era longo e muitas tragédias poderiam acontecer. Então, vemos Esdras se posicionando diante dos seus sentimentos que de fato eram reais, ele apregoou um jejum ao Senhor.

“Então, ali perto do riacho de Aava, dei ordem para que tivesse um dia dedicado ao jejum. Todos nós deveríamos nos ajoelhar em sinal de humilhação e orarmos, suplicando a Deus que nos dirigisse nossa viagem, nos protegesse juntamente com nossos filhos e os bens que levávamos. ” Esdras 8.21 King James

É extremamente interessante que a Bíblia relata que Esdras teve vergonha de pedir uma escolta ao rei para os defenderem dos inimigos, pois ele já havia dito ao rei que a boa mão do Senhor é para o bem daqueles que O buscam e sua força contra aqueles que O abandonam (Esdras 8.22).

Deus se agrada quando nos colocamos nesse lugar de humildade e vulnerabilidade diante d’Ele. Ele não se chateia com o nosso medo. Mas se agrada da nossa confiança e quando demonstramos nossa dependência N’Ele.

Precisamos experimentar perseverança diante de nossos desafios. O caminho pode ser longo, mas temos uma voz no céu. Temos uma voz diante de Deus e Ele ama nos atender. Então, se você precisa de respostas quero de incentivar a ter um coração como o de Esdras, e com esse mesmo coração peça a liderança do Senhor. Certamente Ele nos ouvirá.

“Nós, pois, jejuamos e pedimos isto ao nosso Deus, e Ele nos atendeu.” Esdras 8.23


Escrito por: Nayla Cintra