O
evangelho é a maior e a melhor notícia que o mundo já ouviu. É a mensagem da
salvação em Cristo Jesus. O evangelho é chamado nas Escrituras de diferentes
formas. Abordaremos, aqui, três dessas formas.
Em
primeiro lugar, o evangelho do reino (Mt 4.23). “Percorria
Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e
curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo”. Na agenda de Jesus,
três atividades foram destacadas. Primeiro, Jesus ensinou nas sinagogas. Este
lugar era o centro dos encontros dos judeus e gentios piedosos para orarem e
estudarem a lei de Deus. Ali Jesus entrava para ensinar o evangelho do reino.
Segundo, Jesus pregou o evangelho do reino. Pregou no campo e na cidade, no
templo e nas sinagogas, nas ruas e nos lares. Jesus não pregou a corrente de
pensamento dos rabinos de seu tempo nem sobre as expectativas messiânicas no
povo, mas pregou o evangelho do reino. Terceiro, Jesus curou toda sorte de
doenças e enfermidades entre o povo. Jesus ensinava, pregava e curava. Atendia
as necessidades do corpo e da alma. Tratava do homem no sentido pleno,
aliviando suas dores, curando suas doenças e oferecendo-lhes sua graça
salvadora. Assim como o evangelho do reino teve prioridade na agenda de Jesus,
a igreja, também, deve comprometer-se a pregar este evangelho.
Em
segundo lugar, o evangelho da paz (At 10.36). “Esta é a
palavra que Deus enviou aos filhos de Israel, anunciando-lhes o evangelho da
paz, por meio de Jesus Cristo. Este é o Senhor de todos”. O evangelho do reino
é também o evangelho da paz. Por meio dele, judeus e gentios formam um só povo.
O evangelho não faz distinção entre judeus e gentios, ricos e pobres, doutores
e analfabetos. É endereçado a todos os homens, de todos os estratos sociais, de
todos os estofos culturais, de todas as classes políticas. É o evangelho da
paz, pois onde ele é proclamado, aí os homens são reconciliados com Deus e com
o próximo. Onde o evangelho da paz é crido, cessam as guerras e conflitos
dentro dos homens e entre os homens. Onde o evangelho da paz entra, ele produz
paz com Deus, pois por meio de Cristo, todo aquele que crê, é reconciliado com
Deus e feito filho de Deus. O evangelho da paz não é outro evangelho distinto
do evangelho do reino; é o mesmo evangelho anunciado por meio de Jesus Cristo,
o Senhor de todos. À parte de Cristo não existe boas novas aos homens. Jesus
Cristo é a própria essência do evangelho. Ele é o conteúdo do evangelho. O
evangelho não é apenas uma coletânea de doutrinas; é, sobretudo, uma pessoa. É
Jesus, o Senhor de todos.
Em
terceiro lugar, o evangelho da promessa (At 13.32). “Nós vos
anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais”. O evangelho do reino
é, também, chamado de evangelho paz e evangelho da promessa. O evangelho não
começou quando Jesus veio ao mundo. Ele foi prometido desde a eternidade. Foi
proclamado por Deus no jardim do Éden. Ele foi preanunciado pelos patriarcas
nas priscas eras. Foi proclamado altissonantemente pelos profetas. Há, aqui,
uma estreita conexão entre a antiga aliança e a nova aliança. Os que viveram
antes de Cristo, olharam para frente, para o Messias que havia de vir; nós que
vivemos depois de Cristo, olhamos para trás, para o Messias que já veio. O
Cristo da profecia é o Jesus histórico. Nossos pais creram no Cristo da
promessa; nós cremos no Jesus da história. Jesus é o grande elo que liga os
dois testamentos. Ele é o conteúdo e a essência de ambos. Só existe um
evangelho desde o início até o fim da história. Este é o evangelho do reino, o
evangelho da paz, o evangelho da promessa, o evangelho da nossa salvação. A
salvação foi planejada na eternidade e executada no tempo. Deus nunca mudou seu
método de salvar o homem. Sempre foi, em todos os tempos, em todos os lugares,
e para todos os homens, o mesmo método. O homem é salvo por Cristo, por meio do
evangelho, o evangelho do reino, o evangelho da paz, o evangelho da promessa!
Texto de: Rev. Hernandes Dias Lopes